World RX: futuramente puramente elétrico

Depois de muitas reuniões, idas e vindas entre a FIA e a IMG, o Conselho Mundial de Esporte a Motor da Federação aprovou as propostas de transformar o Mundial de RallyCross – WRX – em um campeonato de carros puramente elétricos a partir da temporada de 2020. Atualmente, em âmbito internacional e com homologação, somente a Fórmula E tem carros movidos a energia elétrica.

A IMG, promotora da competição, em parceria com a FIA e diversos construtores, chegaram a um ponto de acordo depois de 18 meses de estudos e trabalho – de tal modo a fechar questão sobre o assunto da propulsão elétrica nos carros da competição. Um viés muito explorado foi o fato de garantir aos pilotos privados (que não são os times de fábrica) que possam competir de igual para igual com estruturas muitos maiores.

Do ponto de vista técnico, os carros terão diversas modificações. A principal delas, além da propulsão ser elétrica, será o uso de um chassis comum a todos competidores – fornecido pela fabricante inglesa Oreca entre  2020 e 2023. As baterias ficarão a cargo da Williams Advanced Engineering.

“Estamos satisfeitos com as indicações de fornecedores únicos, já que o sucesso e o histórico de cada empresa falam por si”, declarou Paul Bellamy, vice-presidente de Esportes a Motor da IMG.

Fora isso, os carros contarão ainda com um motor em cada eixo que vai gerar uma potência total de 500 KW (algo em torno de 680 HP) e com tração será integral.

Atualmente, o WRX conta com seis equipes representando as marcas: Renault, Volkswagen, Peugeot, Audi, Ford e Hyundai. Entre os pilotos: Petter Solberg (campeão mundial de rali), Sebastian Loeb (eneacampeão mundial rali), Mattias Ekström (que correu DTM) e Niclas Grönholm (filho do bicampeão mundial de Rali, Marcus).

Por Márcio de Luca Souza Lima – Colunista Esportivo na Conteúdo Motorsport