Automobilismo Endurance F1 Indy 500

Mudaram o conceito de tríplice coroa do automobilismo… tudo bem, é válido

29/06/2018

Mudaram o conceito de tríplice coroa do automobilismo… tudo bem, é válido

Muitos já tentaram conquistar a tríplice coroa do automobilismo com diferentes resultados, mas apenas um piloto conseguiu o feito.  O britânico Graham Hill é o único portador desse galardão – como diriam os mais antigos. A conquista de Hill: 500 Milhas de Indianápolis, as 24 Horas de Le Mans  e o Campeonato Mundial de Fórmula 1. Veja bem, fala-se aqui do título da F1 e não da vitória no GP de Mônaco. Mas, o triunfo nas ruas de Monte Carlo certamente entra nessa conta.

Todavia, a nova escola de pensamento é esta: Indy 500, Le Mans 24H e Mônaco.

Não importa, já que a dificuldade segue gigantesca mesmo com os avanços tecnológicos. O espanhol Fernando Alonso, graças a sua impressionante velocidade e precisão, durante a edição 2018 de Le Mans, a qual venceu, pilotando um protótipo Toyota ao lado de Kazuki Nakajima e Sebastien Buemi, está na fila (com chances reais) para ser o segundo a receber a coroa tríplice, caso ele consiga vencer no Brickyard.

A julgar pela sua performance lá no circuito de Indianápolis, em 2017, como novato, quando liderou 27 voltas e estava na disputa pela vitória até o motor de seu carro quebrar, suas possibilidades aumentam um pouco. Hill era um novato quando ganhou a Indy 500, com um Lola, em 1966.

Porém, em Alonso a tal nova escola de pensamento se confunde com a velha definição. Isso porque o piloto asturiano é bicampeão mundial de Fórmula 1 e também venceu a prestigiada corrida nas ruas do Principado de Mônaco.

O colombiano Juan Pablo Montoya correu, e bem, na Fórmula 1. Venceu corridas. Entre elas, Mônaco. Mas nunca foi campeão da categoria. Ele também ganhou as 500 Milhas de Indianápolis (duas vezes). Nas 24 Horas de Le Mans, Montoya estreou nesse ano e – competindo na divisão LMP2 – teve uma participação discreta. É mais um candidato real à coroa de Graham Hill. Porém, pelo novo conceito.

Automobilismo é quebrar, ultrapassar limites. Assim, na modesta opinião desse mero escriba, que mal sabe acelerar, reduzir o galardão do automobilismo à tal nova escola de pensamento não é o ideal. Tem seu valor, claro. E um valor imensurável. Que se mantenha a velha definição. Ou seja, título da F1, Indy 500 e Le Mans 24H. Isso é o ideal. Com um valor sobrenatural.

Vou mais longe… a tríplice coroa real será ganhar as 500 Milhas, Le Mans e o Mundial de Fórmula 1 (com vitória em Mônaco).

E se for tudo no mesmo ano, melhor.

Por Rogério Elias (@RogerioElias)

COMPARTILHE:

Jornalista. Abril, UOL, Yahoo, Estadão, Correio Paulistano.
Comentários