Indy 500 Indy Lights IndyCar

Um grid maior na Indy em 2019 e não é por causa do Alonso

17/08/2018

Um grid maior na Indy em 2019 e não é por causa do Alonso

A IndyCar mostra clara evolução e reconstrução. Após anos sofrendo ainda com resquícios da divisão CART/Champcar e Indy Racing League, mesmo após a fusão em 2008, a categoria não se mostrava forte o suficiente e estava longe de seu verdadeiro valor em potencial. Ao que parece, com o novo kit aerodinâmico universal, a categoria volta a ser atrativa e a ganhar em competitividade. Tanto que a McLaren, icônica na #F1, conversa com ao menos duas equipes a respeito de uma parceria para ter de forma integral um carro no campeonato.

Entre as equipes que por lá estão, a Harding, que em 2018 faz sua primeira temporada regular após algumas aparições em 2017 (Indy 500, Texas e Pocono), já vislumbra 2019. O processo já começou com um ‘vestibular’ para saber quem ocupará o outro carro do time pertencente à Mike Harding e Dennis Reinbold. Gabby Chaves que já está confiado como piloto do #88 para a próxima temporada, ‘cedeu’ sua vaga para Conor Daly disputar a etapa de Toronto. Outros ‘vestibulares’ ocorrerão, mas com a certeza de que que teremos um segundo auto alinhado.

Mas pode ser essa mesma Harding a escuderia onde desembarcará a operação da McLaren na Indy. E os rumores no paddock da categoria sugerem que Fernando Alonso, sim ele mesmo, que acabou de anunciar sua aposentadoria na #F1, será o piloto dessa joint-venture. Está cada dia mais claro a ida do espanhol para os Estados Unidos para, no mínimo, em 2019, disputar as 500 Milhas de Indianápolis.

Outra equipe que gostaria de expandir seu line-up é a Rahal Letterman Laningan. Após ser especulada numa possível parceria também com a McLaren -, a RLL está próxima de anunciar Colton Herta como o terceiro piloto da equipe. O filho do ex-piloto e dono de equipe Bryan Herta deverá se juntar a Graham Rahal, já confirmado para as próximas cinco temporadas,. E a Takuma Sato, que salvo nenhuma mudança abrupta, seguirá onde está em 2019.

Além da Harding e da RLL, a Dragon Speed demonstra fortíssimo interesse em entrar na Indy em 2019, alinhando um carro. Por ser financeiramente mais barata que a F1, a equipe capitaneada por Elton Julian pretende manter seu projeto no Mundial de Endurance na classe LMP2, o qual não atrapalhará o ingresso da equipe a Indy. E em ambos os campeonatos, o inglês Ben Hanley estaria envolvido.

Para os monopostos norte americanos, Hanley seria o piloto. Segundo o que foi dito pela imprensa, a equipe pretende ser impulsionada pela Honda. Negociações ocorrem e um desfecho breve ocorrerá e com a expectativa de final feliz para a ‘volta’ da equipe a categoria. Já que numa outra gestão e quando chamada de Luczo-Dragon Racing, esteve na categoria entre 2007 e 2013.

A julgar que a Juncos Racing possa continuar na categoria em 2019 e a Michael Shank Racing possa alinhar em algumas etapas o numeral #60 – em parceria com a Andretti Autosport -, a Indy poderá ter um campeonato com até 27 carros em determinadas etapas. E 25 carros alinhados de forma integral em 2019. Desde que as equipes que atualmente estão, claro, mantenham suas operações fixas.

Números expressivos que ,caso se consolidem, provarão que a IndyCar estará no caminho certo. E que a tendência de uma evolução ainda maior e melhor poderá ocorrer.

Por Leonardo Bueno (@OLeonardoBueno)

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Jornalista. Abril, UOL, Yahoo, Estadão, Correio Paulistano.
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