Endurance WEC

Quais são os méritos da Toyota no Mundial de Endurance?

06/08/2018

Quais são os méritos da Toyota no Mundial de Endurance?

Nos esportes motorizados, como que de forma cíclica, algumas marcas dominam períodos e fazem com que tudo e todos literalmente corram contra elas. Na Fórmula 1 domina a Mercedes, mas antes (em anos recentes) era a Red Bull. No WRC houve um período em que a Subaru era o time a ser batido, depois foi a Citroën. No WEC, o Mundial de Endurance, não poderia ser diferente. Audi dominou uma era, voltou a Porsche e o fez também e, ao que parece, pelo menos até 2020, será a vez da Toyota o fazer.

Muitas vezes vemos o domínio de uma determinada equipe, seja qual for a modalidade, onde os resultados vêm através da soma da qualidade do carro com a alta capacidade do piloto. Vimos Sebastian Loeb fazer isso no WRC. Pelo seu braço acompanhamos tantos e muitos triunfos da Citroën. Nesse ano, com a sua volta ao rali, Loeb  participa de algumas corridas mas com resultados pífios. A marca francesa ocupa o último lugar no campeonato.

WEC

Na ocasião do Prologue no Circuito de Paul Ricard, França, os carros nipônicos estavam andando na casa dos 5 segundos mais rápidos do que o melhor LMP1 (protótipo não Toyota). Vieram as tomadas de tempo para as 6 Horas de Spa Francorchamps e o domínio foi mantido, sem que a organização do campeonato criasse um BoP afim de literalmente equalizar o desempenho.

Aliás, nem a ACO e nem a FIA o fizeram e a Toyota colocou seus dois carros no ponto mais alto do pódio. Feito repetido em Le Mans, dando a impressão que dentro da LMP1 há duas categorias distintas.

Não estou dizendo com isso que não gosto da Toyota, ou que desejo que eles percam. Mas penso que esta forma de compensação pelo time nipônico ter ficado atrás das marcas alemãs como ocorreu nos últimos tempos, não serve para abrilhantar o esporte. Mas sim para deixar o resultado previsível. Já que, salvo uma catástrofe em pista, os carros #7 e #8 terminarão sempre na frente.

Ou seja, provavelmente a Toyota vai levar esta Super Season 2018/2019 pra casa, mas a fará com mérito de campeã, ou devido há uma benesse que lhes deram? E compensar as faltas que ela não foi capaz de suprir nos anos passados?

Por Márcio de Luca Souza Lima – Colunista Esportivo na Conteúdo Motorsport

Fernando Alonso TOYOTA GAZOO Racing

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Jornalista. Abril, UOL, Yahoo, Estadão, Correio Paulistano.
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